A Margarida Graça é muito “espontânea”. Diz ela e nós confirmamos. Além disso, também é muito en-GRAÇA-da. Oups, não conseguimos evitar o trocadilho com o sobrenome. Foi mais forte do que nós!
Lembro-me frequentemente de ir com a minha avó à Rua das Lojas, na Baixa de Faro. Fazíamos quase sempre o mesmo trajeto, íamos buscar almoço e, antes disso, íamos às lojas e eu experimentava toda a roupa que havia. Calçava os saltos altos, em pequenina, e a minha avó às vezes também experimentava coisas e eu dizia: “Adoro!”.
Quando a minha avó precisava de ir ao supermercado, íamos juntas. Fazia tudo com ela. Eu era a companhia da minha avó. Isto desde mesmo muito pequenina, desde os 4 ou 5 anos que passava sempre as tardes com a minha avó.
Era muito pura, dizia o que me vinha à cabeça no mesmo instante. Era muito teimosa — e agora ainda sou um bocado —, mas em pequena era mesmo muito. Para além disso, era imensamente comunicativa. Dizia mesmo tudo a quem fosse que estivesse ao meu lado e, se visse uma pessoa no supermercado, eu dizia “Olha, a minha mãe faz anos!”, por exemplo. (risos)
Esta dá que pensar, mas já tenho uma resposta. Foi quando fui a Lisboa com as minhas amigas comemorar o aniversário de uma delas. Tínhamos uns 16 anos.
Normalmente, sou sempre a mais responsável do grupo e, quando cheguei lá, deparei-me com a situação de elas quererem andar de transportes públicos sem pagar. Respondi-lhes que se estavam a passar e elas disseram para eu deixar de ser assim, que estava sempre a seguir as regras. Acabei por deixar estar e concordar!
Na primeira vez em que andámos, paguei, nas outras, já não paguei mais nenhuma. Ia atrás das pessoas, para passar a correr, e foi mesmo engraçado. Foi uma rebeldia! (risos)
Várias, das quais não me orgulho! (risos) Tenho mesmo muitas, porque como sou Margarida Graça, fazem muitos jogos com a palavra: Graça, Gracinha, Graciete, Guida (só algumas pessoas é que eu deixo que me chamem Guida porque não gosto assim tanto). Quando eu era pequenina, era Kika. Não tem nada a ver e não sei a origem da alcunha, mas era mesmo só porque sim. Começaram a chamar-me assim. Toda a minha família é toda conhecida por Graça, inclusive eu. Então, às tantas, todos olham, ao mesmo tempo, a achar que estão a ser chamados.
Talvez desenhar, porque as linhas retas e eu não funcionamos. Se for algo mais abstrato, como curvas, sim. Mas precisão… não tenho nenhuma. Sou uma desastrada.
Eu acho que, às vezes, menos é mais, e eu gosto muito de, por exemplo, esparguete à bolonhesa. O tempero da carne sai-me sempre no ponto!
A Ilha do Farol, adoro! Para mim, é um paraíso e vou desde pequenina. Os meus pais sempre me habituaram a ir lá. Eles arrendavam casa e eu tenho muitos momentos de infância lá de que me lembro. Até hoje, é como um refúgio para mim. Costumo dizer que sou do mar e esse é o sítio que mais me acalma.
Adoraria ir a Bayahibe (República Dominicana), a Santorini (Grécia) e a Positano (Itália).
Mas a minha viagem de sonho era mesmo ir à Tailândia.
Eu diria com os meus, com uma amiga mais especial ou até mesmo com a minha mãe. Acho que nos divertiríamos à grande! Se fosse um famoso, só assim em brincadeira, poderia ser alguém que fizesse anos no mesmo dia que eu, como o José Mata. (risos)
À Tailândia ia com a equipa da LCPA!
Ter o meu cantinho, a ver filmes ou algo do género, e relaxar. Para mim, domingo é para relaxar ou para passar com a família.
Tenho muitos sonhos engraçados, mas talvez tenha sido um com dinossauros, a destruir as casas todas. (risos) É possível que tenha sido por ter visto o Parque Jurássico ou algo relacionado. Acredito que os sonhos têm sempre um significado.
O que é mais importante na tua vida para te sentires realizado?
*As entrevistas aos elementos da equipa da LCPA foram realizadas por ordem aleatória. No final, cada um foi desafiado a deixar uma pergunta para o colega que se seguia.