ChatGPT - uma ameaça ou uma contribuição?

Se tens estado atento nos últimos dias, é provável que já tenhas ouvido falar de um tema viral chamado ChatGPT da Open IA, que, para alguns, tanto pode ser fantástico como assustador.

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O que é o ChatGPT?

O chatbot “Generative Pre-Trained Transformer” permite a troca de informação entre pessoas e um software de inteligência artificial, através de um formato de diálogo que parece ser uma conversa entre duas pessoas. Foi construído através de grandes bases de dados, desenhadas para compreender o contexto da conversa dos utilizadores e conseguir, efetivamente, fornecer-lhes uma resposta adequada à sua pergunta.

 

Será o ChatGPT uma ameaça para os profissionais?

O conceito chatbot já é conhecido há algum tempo. Até aqui podíamos encontrá-los em variadas situações, como, por exemplo, em sites de seguros e bancos. No entanto, o que vem diferenciar o ChatGPT de outros chatbots é a precisão e eficiência com que dá as suas respostas. Isto pode causar o receio de que algumas profissões venham a ser desafiadas pela inteligência artificial.

 

Analisámos que, por exemplo, os professores consideram esta ferramenta uma ameaça para o ensino académico, isto porque, cada vez que os alunos utilizarem estes softwares para trabalhos académicos, será mais difícil detetar situações de plágio, sendo que se trata de informação entregue numa linguagem que se assemelha a um ser humano.
É também de referir que, tendo em conta a precisão e rapidez das respostas dadas por este chatbot, os alunos terão uma qualidade de resposta muito superior àquela que poderia ser disponibilizada por um indivíduo, que corre sempre o risco de estar sujeito à imperfeição humana.

 

Esta não é a única profissão que se sente ameaçada pela inteligência artificial. Podemos também referir que copywriters, produtores de conteúdos, gestores de redes sociais e até jornalistas partilham da mesma preocupação. Em retrospetiva, se recuarmos alguns anos, podemos afirmar que esta situação das pessoas serem substituídas por máquinas não é nova, até porque, até à atualidade, já várias profissões se extinguiram devido à tecnologia. Estamos a falar de operadores de fábricas, telefonistas, entre várias outras. O que está a acontecer agora é que profissões que sempre foram consideradas conceituadas aos olhos da sociedade estão a tornar-se substituíveis, na opinião de muitas pessoas.

Devemos dar uma oportunidade ao ChatGPT?

É a partir daqui que surge o receio. Existe a possibilidade de algumas tarefas que estejam relacionadas com estas profissões possam vir a ser desempenhadas por IA, no entanto, isto não significa a sua extinção total.

 

Uma sugestão que posso dar no que toca a este tema, é tentar recolher o máximo de informação para compreendermos esta ferramenta, experimentá-la e compreender de que forma é que esta pode ser utilizada como ferramenta na otimização do nosso trabalho. Isto vai permitir perceber qual a utilidade e contributo direto que a inteligência artificial pode vir a ter na nossa vida. Se virmos o ChatGPT como um instrumento de trabalho, pode ser muito benéfico para áreas como o marketing digital, na gestão de redes sociais, no diagnóstico de quadro clínicos, no acesso a informação correta e fidedigna no que diz respeito ao percurso académico, entre outras vantagens.

ChatGPT versão Google?

O Google também lançou recentemente o seu próprio chatbot, como resposta à concorrência. Denominado Bard, este é um chatbot baseado na LaMDA que, tendo em conta as informações recentemente recolhidas, tem a capacidade de responder a perguntas sobre situações recentes, ao contrário do ChatGPT da Open AI que está limitado até ao ano de 2021.

 

Este software é alimentado através de informações da web, o que garante a sua constante evolução e que, de acordo com o Google, tem o poder de fornecer respostas com alta qualidade. Este chatbot está em fase de testes internos e será disponibilizado ao público nas próximas semanas!

 

Conseguimos também apurar que a China encontra-se a preparar um lançamento previsto para março, de um sistema de IA similar ao OpenAI com o nome “Ernie bot”, o que confirma, mais uma vez, a tendência mundial do desenvolvimento da inteligência artificial.

 

Existem outras ferramentas de IA dedicadas a outros formatos de conteúdo, como por exemplo, imagem, como é o caso da Lensa, que podes saber mais no artigo de blogue “A polémica Lensa – qual o limite da Inteligência Artificial?”.

 

A tendência é que a tecnologia continue a evoluir e, com isto, é expectável que este tipo de inovações continuem a surgir. Por isso, devemos tentar tirar o máximo de proveito desta evolução! Porque, como foi possível perceber ao longo do artigo, esta poderá ser uma oportunidade de facilitar o quotidiano de vários profissionais de diversas áreas, sem pôr em causa a continuidade e/ou qualidade do seu trabalho.

Lara Torres

Estagiária de Marketing Digital